Ai, a greve dos motoristas de matérias perigosas...
Em Portugal, os motoristas de «matérias perigosas» ganham pouco porque conduzir um camião-cisterna com matérias inflamáveis, explosivas ou tóxicas não é assim tão perigoso. Perigoso é conduzir um Mercedes topo de gama com políticos dentro. E é por isso que os motoristas do Governo ganham três vezes mais do que os motoristas de matérias perigosas. O problema é a greve. Se os motoristas do Governo fazem greve, nada acontece, mas se os motoristas de matérias perigosas fazem greve, os transportes rodoviários – mas não só – param por falta de combustível. Do ponto de vista ambiental, seria excelente, mas parece que a ideia não agrada a ninguém, nem mesmo ao Governo. E o mais estranho é que andar a pé faz bem à saúde...