O karma é tramado... – Parte 1/2
Era um dia soalheiro,
Muito bem ensolarado,
Quando saiu de casa,
Todo bem arranjado.
Camisa dentro das calças,
Sapato bem engraxado,
Chapéu da cor do cinto,
Cinto da cor do calçado.
«Para onde é que vais hoje?»,
Já lhe tinham perguntado.
«Hoje não posso dizer,
É um segredo bem guardado,
E tenho de ir andando,
Porque tenho um encontro marcado.»
E lá ia ele na rua,
Muito bem-humorado,
Quando olhou para o relógio
E viu que estava parado.
Era hora de andar rápido,
Pois já estava atrasado,
Olhou para a sua esquerda,
O carro estava parado,
Foi quando atravessou
E morreu atropelado.
Não teria sido grave
E ter-se-ia safado,
Se fosse um carro ligeiro,
E não um veículo pesado,
Que levava gás em cima
E ele lume no rabo!