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Sem Sentido

Um blogue sem sentido... de humor!

16
Jun20

Férias, férias, férias... – Parte 2/2

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Depois de uma primeira parte onde eu relembro a minha primeira viagem de avião e as minhas primeiras férias fora da ilha da Madeira, é tempo de relembrar as minhas viagens de férias nos anos que se seguiram: Porto Santo, Barcelona, Paris, Inglaterra, Itália, Grécia, Croácia e... Estados Unidos da América.

 

  • Porto Santo


Em 2009, fui ao Porto Santo com a minha namorada. Para ela, que já lá tinha vivido e ido de férias várias vezes, não era nada de novo, mas para mim era uma novidade: nunca lá tinha estado. Das memórias que eu guardo – para além das «Lambecas», do picado e do prego –, destaque para a areia. O Porto Santo tem mesmo muita areia, daquela fininha, que não magoa os pés. Gostei... Gostei tanto que voltei em 2011 para fazer mais do mesmo: comer, massajar os pés na areia e fazer praia, muita praia!

 

  • Barcelona 


Em 2010, fui a Barcelona. Das memórias que eu guardo, destaque para o passeio pelas «Las Ramblas», a ida ao mercado La Boqueria, o espetáculo na Font Màgica de Montjuïc, a visita ao Park Güell, o passeio pelo Bairro Gótico e... o assalto na estação de metro da Sagrada Família. Sim, fui assaltado. Quarenta euros custou-me aquela ida à Sagrada Família, tudo porque a minha namorada achou por bem colocar quarenta euros dentro da minha carteira e eu de andar com a carteira dentro de uma bolsa de cintura com um ar bastante descontraído. (In)felizmente devolveram-me a carteira com todos os meus documentos e cartões de débito/crédito, senão ainda lá estava hoje. Da comida, destaque para a «paella» e as «tapas». Estou a brincar. O destaque vai mesmo para o prego que eu comi num snack-bar de chineses. Depois de termos feito o pedido, gritos e pancadas na cozinha foi o que mais ouvimos. Aposto que pisaram a carne com os pés. E o pior é que eu não tenho a certeza se aquela carne era mesmo de vaca. Enfim, o pior prego que eu já comi até hoje.

 

  • Paris


Em 2012, fui a Paris com a minha namorada. Não, não a pedi em casamento. Era demasiado cliché. De entre as melhores memórias que eu guardo destas férias, destaque para a subida à Torre Eiffel, a passagem pelo Arco do Triunfo, o passeio de barco no rio Sena, a entrada na Catedral Notre-Dame, o passeio pela avenida Saint-Germain-des-Prés, a visita ao Petit Trianón e aos jardins de Maria Antonieta, a longa caminhada por Champs-Élysées e, claro, a ida à Disneyland Paris. Sim, fomos à Disneyland Paris. Nem eu nem a minha esposa tínhamos lá ido alguma vez e não poderíamos ter tomado melhor decisão naquele último dia de férias em Paris. Nunca me diverti tanto na vida. Já a minha esposa, nunca se tinha deslumbrado tanto com as figuras da Disney. Na parada, parecia uma criança aos gritos: «Olha a Cinderela, amor. A Cinderela...». Da comida e da bebida, o destaque vai para os macarons e o champagne... comprados num supermercado.

 

  • Inglaterra: Leicester, Bournemoth e Londres 


Em 2013, fui a Inglaterra, mas desta vez não fui de férias. Fui à procura de trabalho. E fui sozinho. Três meses em Leicester, duas semanas em Bournemouth e um mês em Londres foi tudo o que eu precisei para perceber que não ia conseguir aquilo que eu queria: uma experiência profissional na minha área de formação. Das memórias que eu guardo de Leicester, destaque para o facto de eu nunca ter visto um inglês nas ruas. Lá, eram só muçulmanos em todo o lado: nas agências de emprego, nos centros comerciais, nos supermercados, nos restaurantes,... Até os polícias eram muçulmanos. Escusado será dizer que, assim que a minha namorada chegou a Leicester de "férias", saímos logo de lá. E foi só por isso que eu fiquei apenas três meses em Leicester, caso contrário, ainda lá estava nos dias de hoje. Em Bournemouth, o cenário era outro. Ingleses era o que não faltavam. Madeirenses também não. Talvez por isso eu não tenha aguentado mais do que duas semanas e tenha rumado em direção a Londres. Em Londres, senti pela primeira vez o tão falado multiculturalismo: durante um mês, eu e a minha namorada partilhámos uma casa com um casal de gregos e uma brasileira num bairro de nigerianos. Ao contrário do que os comentários na Internet faziam prever, naquele bairro era só pessoal «peace and love». E a prova disto mesmo eram os gritos daquela mulher (do prédio do lado) que me acordavam a meio da noite sempre que ela fazia sexo: «Oh, My Lord... Oh, My Lord...». Não consegui trabalho em Londres, mas vivi uma experiência que nunca mais vou esquecer. Das memórias que eu guardo de Londres – para além dos gritos daquela mulher que eu não consigo esquecer –, destaque para o Big Ben, a Tower Bridge, o London Eye, a Abadia de Westminter, o Palácio de Buckingham e... Bruce Willis. Sim, Bruce Willis. E não, não foi no Madam Tussauds. Vi-o ao vivo e a cores, a poucos metros de mim, no Hyde Park. O que é que ele estava lá a fazer? A promover o filme RED 2. Ou então só lá estava porque era o meu destino ver pessoalmente um dos meus maiores ídolos do cinema antes de regressar à Madeira. Só não corri atrás dele para tirar uma fotografia porque o choque foi grande e eu fiquei paralisado. Desta minha aventura em Inglaterra, destaque ainda para uma amizade improvável que nasceu entre mim e um casal inglês que meteu conversa comigo durante a viagem de avião entre Funchal e Birmingham e com quem eu mantenho contacto desde então. Até ao meu casamento eles vieram.

 

  • Itália, Grécia e Croácia: um passeio de carro pela Toscana e um cruzeiro pelo mediterrâneo 


Em 2014, casei e fui de lua-de-mel com a minha esposa para Itália. Passear de carro pela Toscana e fazer um cruzeiro pelo mediterrâneo foi das coisas que eu mais gostei de fazer até hoje. Das memórias que eu guardo da Toscana, destaque para San Gimignano (uma cidade perdida no tempo) e Florença (uma cidade onde eu me perdi pelas ruas e circulei de carro em zonas pedonais). Destaque ainda para a cidade de Verona, mas só porque a minha esposa fez questão de lá irmos para me tirar uma fotografia com a mão no seio direito de Julieta. Da comida em Itália, destaque para a melhor pizza e para a melhor lasagna que eu já comi até hoje. Das memórias que eu guardo do cruzeiro pelo mediterrâneo, destaque para as paragens e passeios em Bari, Katakolon (Olímpia), Santorini, Atenas, Corfu, Dubrovnik e, claro, Veneza, que foi o ponto de partida e de chegada do nosso cruzeiro. Dentro do navio, destaque para o facto de eu me ter perdido da minha esposa logo depois do simulacro de emergência, tudo porque decidi fazer uma brincadeira: desatar a correr à frente dela, sozinho, até o nosso camarote. Qual foi o problema? Não sabia qual era o número do nosso camarote e não tinha o meu telemóvel comigo. Só depois de eu ter andado quase uma hora às voltas pelos corredores do navio com um colete salva-vidas na mão – e de ter batido à porta de um camarote que não era o meu – é que me lembrei de ir à receção dizer que estava perdido da minha esposa porque e que não me lembrava do número do meu camarote. Na receção, a funcionária ria-se, não sei se por eu estar perdido num navio de cruzeiro ou se por a minha esposa já lá ter estado à minha procura e pedido que anunciassem o meu desaparecimento nos altifalantes. Ao chegar à porta do quarto, o cenário não poderia ser mais dramático: a minha esposa a chorar desalmadamente porque achava que alguém me tinha atirado ao mar. E o pior é que a notícia já tinha chegado à Madeira e a família dela já estava a pensar no velório. Enfim, ninguém me atirou ao mar, mas acho que vontade não faltou àqueles dois casais com quem eu e a minha esposa partilhámos a nossa mesa de jantar. Porquê? Porque eu não parava de fazer piadas... Qual foi a melhor piada de todas? O facto de nem eu nem a minha esposa querermos encontrar portugueses no navio e termos partilhado a nossa mesa de jantar com dois casais de portugueses – um deles madeirense – que tinham casado no mesmo dia que nós e que também estavam em lua-de-mel. Não queríamos, mas gostámos. Foi uma diversão... Mais divertido do que os nossos jantares, só mesmo os meus pequenos-almoços buffet, que davam para alimentar famílias inteiras em África. Nunca comi tanto na minha vida. Só para terem a noção, eu só voltava a comer ao final da tarde, depois de ter andado vários quilómetros a pé fora do navio. E só comia fruta, que era para me hidratar. Saudades de fazer um cruzeiro...

 

  • Estados Unidos da América: Nova Iorque e a rota de carro de São Francisco a Los Angeles


Em 2015, eu e a minha esposa fomos aos Estados Unidos da América. Sim, aos Estados Unidos da América. Para a minha esposa era a realização de um sonho, para mim era como ir como ir à lua: algo que eu nunca tinha pensado. Cinco dias em Nova Iorque, oito dias a fazer a rota de carro de São Francisco a Los Angeles pela famosa Highway 1 e mais de trinta horas de voo foi o tempo que durou a maior loucura da minha vida. Das memórias que eu guardo de Nova Iorque, destaque para o High Line Park, Times Square, a Fifth Avenue, a Magnolia Bakery, o observatório «Top of the Rock» e a vista estonteante sobre Manhantan, o passeio de ferry até Staten Island com a Estátua da Liberdade como pano de fundo, Wall Street e o famoso «Charging Bull», o 9/11 Memorial e o «Ground Zero», a Loja Century 21, Brooklyn Bridge, o American Museum of Natural History, o Central Park, o Chrysler Building, o Empire State Building e, claro, a Broadway e o musical «The Phantom of the Opera» (adormeci a meio do musical, mas isso não interessa nada). Da comida, destaque para o hambúrguer do Shake Shack, o melhor hambúrguer que eu já comi em toda a minha vida. Das memórias que eu guardo de São Francisco, destaque para Lombard Street, Fisherman`s Wharf, Pier 39, Golden Gate Bridge, e a vista fascinante de Twin Peaks sobre a cidade. Da rota de carro de São Francisco a Los Angeles na Highway 1, destaque para Cannery Row e Lover`s Point em Monterey, 17 Mile Drive, Bixby Bridge em Big Sur, Morro Bay e Pismo Beach em San Luis Obispo, Malibu, Santa Mónica, Venice Beach, Long Beach e Laguna Beach. Destaque ainda para o facto de eu ter sido parado pela polícia de Santa Cruz por andar muito devagar na Highway 1 e de termos ficado em motéis que faziam lembrar os filmes. Só nos faltou assistir a um tiroteio para ser tal e qual. Em Los Angeles, destaque para o Staples Center, Hollywood Boulevard e a «Walk of Fame», o Letreiro de Hollywood, o Griffith Observatory e a vista magnífica sobre a cidade de Los Angeles, Beverly Hills, Rodeo Drive e, como não poderia deixar de ser, Warner Bros. Studios. Nos estúdios da Warner Bros., a minha esposa não poderia ter ficado mais encantada por ver ao vivo os locais onde tinham sido filmados alguns dos seus filmes e sérias favoritas. Deu para perceber que ela era fã da série «Gilmore Girls»... a única fã das pessoas que lá estavam. Já eu, que queria muito assistir à gravação do programa da Ellen DeGeneres – por causa dos prémios, mas não só –, fiquei um pouco desiludido porque não estavam a fazer gravações naquela altura. Em Beverly Hills, destaque para o facto de termos ido bater até à porta da casa de Leonardo Di Caprio de propósito, tudo porque fazia parte dos planos da minha esposa fazer um tour pelas casas dos famosos. Só depois o segurança nos ter olhado com cara de poucos amigos e nos ter mandado dar meia volta é que ela desistiu da ideia. E ainda bem, pois eu não sei se ia conseguir resistir à tentação de gritar à porta da casa de Jennifer Lopes «I love you...». De Los Angeles, guardo ainda na minha memória aquelas longas viagens de carro numa autoestrada com seis filas de rodagem e carros a mais de 120 quilómetros por hora. Uma loucura...

 

E depois dos Estados Unidos da América?


Depois dos Estados Unidos da América, "férias" só mesmo na ilha da Madeira. E porquê? Porque eu e a minha esposa decidimos começar a fazer filhos em vez de continuar a viajar de férias. Em 2016, nasceu a nossa filhota e passámos os dois anos seguintes a mudar fraldas. Em 2018, nasceu o nosso filhote e passámos os dois anos seguintes a mudar fraldas. Em 2020, a minha esposa está grávida e devemos passar os próximos dois anos a mudar fraldas. Não fossem as memórias do Facebook e eu já não me lembrava da última vez que tinha viajado de férias. Obrigado, Facebook, por me lembrares que as minhas últimas férias foram aos Estados Unidos e que eu já não viajo de férias há cinco anos...

 

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