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Sem Sentido

Um blogue sem sentido... de humor!

29
Dez20

Ai a COVID-19 e a vacina, foda-se...

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Primeiro não acreditavam em nada disto da COVID-19. Era tudo invenção. Depois já acreditavam e queriam uma vacina com urgência. Entretanto, a vacina chegou, mas não queriam ser "cobaias". Os médicos que a levassem primeiro. Os profissionais de saúde começaram a levar a vacina e logo começaram a dizer que deviam ter começado pelas pessoas que pertencem aos grupos de risco. Entretanto, parece que as vacinas estão a ser um sucesso e agora o assunto é outro: os lucros das empresas da indústria farmacêutica, que deverão disparar com a venda das vacinas contra a COVID-19. Eu até nem sou de falar mal, mas já não há paciência para estas pessoas, FODA-SE! 

 

A vacina contra a COVID-19 já chegou a Portugal e a loucura também. Quero dizer, a loucura já tinha chegado muito antes da vacina, no início da pandemia, com teorias mirabolantes de conspiração: uns diziam que o novo coronavírus era um castigo da Mãe Natureza por tudo o que temos feito de mal ao nosso planeta; outros que o novo coronavírus tinha sido criado em laboratório pelos chineses para exterminar parte da população humana, destruir as economias ocidentais e transformar a China na maior potência mundial; outros ainda que não se tratava de uma criação em laboratório, mas sim de uma invenção – uma fraude – para que os governos pudessem passar a controlar a vida das pessoas e as informações que tinham na mente através de um termómetro. Sim, de um termómetro, FODA-SE! No meio de tudo isto, felizmente houve pessoas sensatas que perceberam muito facilmente que o novo coronavírus existia e que era preciso criar uma vacina urgentemente. E criou-se a vacina.

 

Depois de vários meses de investigação, eis que surgiu a vacina mais desejada deste século. A mais desejada e a mais rejeitada, porque, entretanto, depois de criada, já ninguém a queria levar. Ninguém queria ser "cobaia". Só depois de eu ter publicado na página de Facebook deste blogue que não queria ser vacinado e que preferia beneficiar da imunidade de grupo é que eu percebi que nem toda a gente pensava assim. Quero dizer, às tantas, pensavam, mas não o exprimiam, o que já era de louvar. Eu próprio não pensava assim. Só fiz aquela publicação para exteriorizar aquele que era pensamento de muita gente e ver qual seria a reação das pessoas. E a reação de algumas pessoas não poderia ter sido melhor: «Claro... Sacrifiquem-se os outros para que eu não fique doente». Eu nem sabia que levar uma vacina era um sacrifício. Pensava que era mais uma "dádiva". Mas a ser um sacrifício – por causa dos efeitos secundários, deduzo –, que se sacrifiquem primeiro aqueles que não se têm sacrificado nem cumprido com quaisquer regras nem recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Governo e que muito têm contribuído para a propagação da COVID-19 em Portugal. No mínimo, uma valente diarreia seria um efeito secundário mais do que justo para todas estas pessoas. Não obstante, com sacrifício ou sem sacrífico, a verdade é esta: se me chamarem para levar a vacina, vou a correr levá-la, pois prefiro ser injetado com uma dose do vírus bastante enfraquecido ou morto do que correr o risco de ser infetado e levar com ele vivinho da Silva. Infelizmente, há quem assim não pense e prefira colocar a sua vida e a vida dos outros em risco. E é por isso que eu acho que levar a vacina não deveria ser uma opção, mas sim uma obrigação. E não digo isto apenas para a vacina contra a COVID-19. Digo-o para todas as vacinas do Programa Nacional de Vacinação. Isto de se dar às pessoas o direito de escolher entre levar ou não levar vacinas e de poder colocar a saúde pública em risco é só estúpido, até porque, na maioria dos casos, as pessoas escolhem pelos filhos e não por si próprias. Eu sei que isto pode parecer um pouco antidemocrático, mas quando se trata da saúde pública, não se pode vacilar. Eu não tenho nada contra as pessoas que não querem ser vacinadas. Só acho que deveriam ir viver para a selva socializar com os animais!

 

A vacina chegou a Portugal e qual foi a reação das pessoas que não querem levar a vacina? Que levassem eles, os profissionais de saúde, antes de a darem aos outros. Entretanto, os profissionais de saúde começaram a ser os primeiros vacinados e qual foi a reação das pessoas que não querem levar as vacinas? Que os profissionais de saúde não deveriam ter sido os primeiros, mas sim as pessoas que pertencem aos grupos de risco, que não elas, claro. Tendo em conta o protagonismo televisivo que se deu aos primeiros vacinados, eu até acho estranho que não se tenham chegado logo à frente, nem que fosse só para apresentarem as suas teorias da conspiração e fugirem com o rabo à seringa. E isto foi aquilo que mais confusão me fez com a chegada da vacina a Portugal: o mediatismo em torno das primeiras pessoas a levarem a vacina. Eu sou terrível de memória, mas acho que nunca mais me vou esquecer do nome da pessoa que levou a primeira vacina contra a COVID-19 em Portugal: António Sarmento, 65 anos, médico infeciologista, diretor do serviço de doenças infecciosas do Hospital de São João. Com uma pose "à Marcelo", mas em muito melhor forma, António Sarmento já tem um lugar na história de Portugal. E na memória dos portugueses, claro, mas só pelo tronco nu. Depois disto, e de ainda ninguém ter morrido por causa da vacina, começaram os discursos de indignação em torno dos lucros das empresas da indústria farmacêutica, que deverão disparar com a venda das vacinas contra a COVID-19. É pá, se estão assim tão indignados com a possibilidade de os lucros das empresas da indústria farmacêutica dispararem, é simples: criem uma vacina e enriqueçam também. Claro que, para isso, terão de se instruir primeiro e, pelo que vejo, isso não será nada fácil... 

 

Primeiro não acreditavam em nada disto da COVID-19. Era tudo invenção. Depois já acreditavam e queriam uma vacina com urgência. Entretanto, a vacina chegou, mas não queriam ser "cobaias". Os médicos que a levassem primeiro. Os profissionais de saúde começaram a levar a vacina e logo começaram a dizer que deviam ter começado pelas pessoas que pertencem aos grupos de risco. Entretanto, parece que as vacinas estão a ser um sucesso e agora o assunto é outro: os lucros das empresas da indústria farmacêutica, que deverão disparar com a venda das vacinas contra a COVID-19. Eu até nem sou de falar mal, mas já não há paciência para estas pessoas, FODA-SE! 

 

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